Não penses que te olvidei
Apenas me afastei para não sangrar de tristeza
E cair numa hemorragia cardiolacrimejante
A ausência de notícias seca a garganta, enrijece a face e transtorna o olhar
A indignação de pagar pelas inconsequências deles
E ser vítima de uma muralha de indiferença que construístes
É incomparável ao teratológico esforço travado nesta guerra diária
Que é defender-se dos flancos da tua imagem
As sombras das lembranças, assombram, sim!
Os gritos das roucas vozes aos meus ouvidos
Insistem em afirmar: é impossível!
Mantenho-me indeciso entre a ira e a frustração
Caminhando na trilha da compaixão
No aguardo de conhecer o fim deste trecho
Equilibrando-me na ponte das vontades e ânsias
Sob os auspícios do medo de perder-me nessa histeria mental
Sei exatamente o que precisas,
Porém, aprisionado fico nas amarras das tuas efêmeras vontades
Aqui, resignado, prossigo, esperando com confiança
Porque, no final, de nada vale viver se não houver Esperança.
Lucena Filho
5 comentários:
Fico me perguntando se a esperança ajuda ou atrapalha... Acredito que às vezes ela impede que encerremos ciclos, fechemos portas, terminemos capítulos, usando aqui as palavras de Fernando Pessoa. Ao mesmo tempo, nos alimentamos dela pra não ˜Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se". E agora, José? E agora, Lucena Filho?
Genuíno e tocante. Assim como tudo que você escreve quando SE PERMITE...
Fica a esperança que em algum momento você SE PERMITA na vida como o faz na escrita.
A.P.H.
Genuíno e tocante. Assim como tudo que você escreve quando SE PERMITE...
Fica a esperança de que em algum momento você SE PERMITA na vida como o faz na escrita.
A.P.H.
Aliando-me ao comentário anterior, isso td me fez lembrar do famoso "Ame e dê vexame", sem medo de ser feliz!!! ;)
Você pode acertar, você pode errar, você só não pode é deixar de viver por medos...
Saudades de vc, garoto!
Um abraço,
Nanda
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