O dia era esperado.
O público atento aos atos vindouros silente permanecia
A juíza, inflexível e dogmática,
A juíza, inflexível e dogmática,
Aproximou-se e proferiu a declaração de culpa:
Egoísta, petulante, bitolado, arrogante, dissimulado,
Egoísta, petulante, bitolado, arrogante, dissimulado,
Orgulhoso, intolerante, exigente,
(Ir) racional, medíocre, insensível, crítico.
A pena era de morte e imediata.
O algoz manteve-se em pé.
Inerte, sério, olhar linear e com punhos cerrados;
O condenado, ah o condenado!
O condenado, ah o condenado!
Ajoelhado, trêmulo, impotente e sem vida antes de partir.
Era o início do seu fim
Era o início do seu fim
O fim do que nunca começara.
Encarou a morte calado
Esta, quedou-se sentada,
Despreocupada e sorridente,
Que num tom doce sussurou-lhe:
Que num tom doce sussurou-lhe:
Hoje é a morte, a morte do teu ego.
LUCENA FILHO
2 comentários:
Muito legal!!! mesmo!!
gostei da poesia
E parece que morreu mesmo hein? rs
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