sábado, 11 de julho de 2009

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Sábado! Que bênção!!! Nunca torci tanto pela chegada de um fim de semana (exceto no resultado do vestibular, creio). Essa semana foi punk, raros. Estive ocupado todos os dias por mais de doze horas consecutivas no trabalho, porém, sobrevivi. Está explicada minha ausência por aqui, então.

Ando sem muitas reflexões ultimamente: um pensamento aqui, outro acolá, uma espécie de lampejo intelectual. Mas um grande habitante do cérebro deste que vos fala é o tema casualidade. Não tenho uma opinião bem nítida sobre o tema, mas se há uma conclusão certa à respeito da vida é que ela não obedece nenhum princípio lógico. Inexiste razão seqüencial nos fatos e comportamentos ao nosso redor.

Essa aleatoriedade justifica-se quando você, por acaso, encontra uma colega de sala da quarta série num supermercado, retoma a amizade e acaba casando com a criatura; quando se sai de casa cinco minutos atrasado e é poupado de um acidente grave na esquina; quando você encontra uma pessoa em certo dia numa comunidade do Orkut e cria uma amizade eterna e por aí vai.

Há um ditado acerca de se estar no lugar certo e na hora certa como explicação para tudo aquilo que nos sucede. Entretanto, qual a fundamento de se estar nesse lugar e a essa hora? Para racionais (como eu) é uma dúvida cruel de se conviver. Num mundo onde se busca a resposta para tudo, nós emperramos numa questão ‘simples ‘ e aí, quiçá, está o encanto de se respirar sem saber o porvir.

Graças ao incerto, desconhecido, acaso, sorte, ou a alcunha preferida, a vida vai tomando rumo (ou não, né?), até que a próxima eventualidade aparecer. Enquanto ela não vem, vamos nos encontrando, nos perdendo, expressando e sendo impressionado até... até... ah! Deixa pra lá.

Bom fim de semana

Lucena Filho

"As reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu caminho." - (Mário Quintana)

5 comentários:

Unknown disse...

Existe um provérbio que diz: "O acaso é o pseudônimo de Deus, quando ele não quer assinar."
Sigo a linha infante de querer saber o porquê das coisas,e, por isso, às vezes o porvir me acompanha de ansiedades que fogem do controle.
Entretanto essa é a natureza da existência: ser supreendido! Mas essa é também a sua beleza. Imaginar que vc passou a infância ao lado do amor de sua vida e descobriu isso na hora que era para ser. A vida aí fez poesia.
Abração
Bom fds

Unknown disse...

Esse seu texto achei-o bem melodioso, até porque parece acompanhar um ritmo gradativo de ‘seqüência ou não’ que a vida faz com qualquer criatura.
Parabéns pelo seu texto, até saiu num tom bem filosófico.
Mas dentro desse texto me pairou uma dúvida;
Queria saber como você classificaria os seres que não pensam e não se questionam da forma que você se questiona?
“Para racionais (como eu) é uma dúvida cruel de se conviver.”
Bom final de semana, bj.

Humberto Lucena disse...

Olá Ariane,

Eu nunca parei para classificar pessoas que não se questionam como eu. Cada um tem suas próprias realidade e formas de lidar com os problemas e dúvidas diárias. Quando eu mencionei acerca dos racionais, é pq gostamos de explicações para tudo, na medida do possível. O desconhecido nos instiga. Bom fim de semana

Breno Machado disse...

Em minha humilde opinião, esse fatalismo-otimismo é pouco consistente. No sentido em que só lembramos dos prazerosos alinhamentos e ignoramos TODOS os outros episódios em que não acontece nada de mais.
"Coincidência", p'ra mim, é "co-incidência". Ponto. Algum MMC/MDC do funcionamento matemático do Universo deu de oferecer ocasiões únicas para a vida de alguém.
Mas isso não tira o prazer ou a beleza captada quando essas conjunturas ocorrem...

Unknown disse...

unrhum,
Obrigada, por ter respondido.
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