quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Trote cidadão

Foi escrito há três anos, mas a realidade persiste! Trote cidadão: um exemplo a ser seguido.

Trote cidadão: uma necessidade superior

Nobre, solidário e responsável. Esses são pelo menos três adjetivos, ainda insuficientes, para a nova onda que toma conta dos calouros da Adversidade, digo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte: o trote cidadão. Depois de casos nacionais como alunos jogados em piscinas, outros sendo incendiados vivos e até mesmo os que foram atropelados durante a mendicância nos sinais, os CA’s da UFRN assumem uma postura no mínimo acadêmica no que toca ao recebimento dos novos estudantes.

Apesar do trote cidadão não substituir a convencional lambança, já é louvável somente pelo fato de integrar calouros e veteranos com o escopo de ajudar instituições ou comunidade que necessitam de ajuda. Ora, se até a Pró-Reitoria de Graduação, SAE e os Centros também apoiaram tal campanha é de se dar credibilidade, não é?

Tudo começou há alguns anos, quando alunos dos cursos de Engenharia de Produção, Enfermagem, Odontologia e Jornalismo decidiram adotar essa modalidade de trote, melhorando (ou despiorando) a vida de pessoas necessitadas. Não se trata apenas de uma arrecadação de alimentos, artigos de higiene pessoal, roupas e brinquedos. Vai muito mais além da função social. É lembrar a cada novo universitário que ele está ali não só para adquirir conhecimento, mas para retribuir à sociedade o privilégio de ter acesso a um ensino superior num país de analfabetização generalizada. .

O curso de Direito, tradicional pela indiferença em relação a movimentos desta espécie, de maneira exemplar também encorpa a nova forma de receber os futuros juristas (ou não!). Haverá distribuição de camisas, fitas e panfletos. Além disso, o Hemonorte estará dia 24 de setembro recebendo doações de sangue no Centro de Convivência.

Infelizmente, quando da participação do seu trote, este que vos escreve não teve nenhuma ação tão fraterna quanto a do trote cidadão. Agora, quase ao final do curso, sinto a obrigação moral de dar minha contribuição, nem que seja conclamando aos colegas a apoiarem tal iniciativa. Negar ou rechaçar ações como essas é não só ficar preso a tradições lusitanas recheadas de muito ovo, farinha, tempero, flocos de milho e outros ingredientes da cesta básica, mas é acima de tudo ser individualista, fútil e medíocre.

Vamos ser cidadãos, nem que seja só no trote. Colabore com essa idéia.

LUCENA FILHO

4 comentários:

Barbara Góes disse...

vc guarda textos antigos??
Não tenho nennhum dos meus!

Qt ao trote, não participei do meu e não participo dos que acontecem. Mas o legal, ao menos que fizeram com a gnt,é que tivemos oportunidade de decidir de aeitamos ou não.
Os que participam, aceitam o que vai acontecer ali. Então, se els querem, acho que a discussão "nesse caso" está encerrada!

Anônimo disse...

Trote cidadão? (Q contraditório!)Eu acho o máximo, mas os calouros que ficam na porta do Midway não. Essa semana, uma criatura me abordou e eu, na minha insensibilidade, não dei contribuição nenhuma. Elas, então, começaram a berrar: Pelo menos, eu sou FEDERAAAAL!
Quanta cidadania, amigo. Eu poderia ter retrucado, mas...
Depois, vi uns veteranos com o som ligada em frente a AMPM e várias garrafas de Sminorff (sei nem como se escreve!), fazendo baderna. Acho que foi com o dinheiro recolhido. Desculpe-me julgar, mas quanta cidadania!
O seu trote foi cidadão? Foi o único, foi? Nesse caso, eu apoio.

Anônimo disse...

Caro Humberto Filho,

Permita-me, com muita alegria, frequentar e participar de seu admirável e útil blog.

Tive, hoje, a feliz oportunidade de desfilar por suas preciosas postagens. Mais uma vez manifestei a Deus minha gratidão por sua vida, pelos dons e talentos que Ele lhe concedeu. A Ele toda honra e glória.

Fiquei, também, impressionado com a brilhante expressão e profunda dissertação da nossa queridíssima Kylze, sob o tema “No dia em que amanheci com o espírito culto”. O conteúdo do texto e a inteligência da autora foram alvos de admiração e reconhecimento por parte do meu estimado amigo e leal colega de escritório - Dr. Áquila Campelo. Leitor assíduo e diário de seu blog. Parabéns à Kylze, pessoa a quem Deus tem usado ricamente e que muito tem a contribuir para o engrandecimento do Reino.

“Trote cidadão”. Achei plausível essa campanha. Penso que, ao invés de serem noticiadas as cenas desastrosas e demoníacas de trotes acontecidos entre universitários de outros Estados, a imprensa deveria divulgar esse tipo de mobilização humana, que traz, em seu íntimo, princípios cristãos (Mt. 19:21). Acredito que a mídia estaria prestando um melhor serviço à nação.

Transporto essa idéia para a comunidade cristã.

Que tal, por ocasião desses eventos, verbalizar a fé e, por meio desses encontros facilitadores, mostrar a todos (universitários, pessoas beneficiadas, espectadores, etc) o maravilhoso amor de Deus pela humanidade? E o que dir-se-á da alegria estampada nos rostos desses universitários quando perceberem que foram usados por Deus para tocar o ser humano? Não seria uma mudança de paradigma?

Como discípulos de Cristo, “sal da terra e luz do mundo” (Mt. 5:13-16), temos a responsabilidade de cumprir a nossa missão, fazer a nossa parte, para ver o mundo transformado pelo amor de Deus.
Para isso Deus nos concedeu dons e talentos.

“Trote cidadão” chegou num momento em que estou tendo o prazer de ler “A Revolução no Voluntariado”, de Bill Hybels. Como tenho sido desafiado nesses últimos dias a ser, de verdade, discípulo de Jesus! Estou travando, diariamente, uma batalha, na busca incessante de ser aquilo que Deus quer que eu seja: discípulo.

Ao exercitarmos o plano divino do voluntariado, todos lucram:
“- Os capacitadores ganham toda vez que vêem Deus usar enormemente os voluntários que eles recrutaram, amaram, treinaram e capacitaram.
- Os voluntários ganham, pois sentem a emoção de sair de sua posição de espectador e passar para o campo de ação. Eles se tornam instrumentos de cura, esperança e transformação nas mãos de Deus.
- A comunidade vizinha ganha, uma vez que conta com o serviço de uma força amorosa, unificada e com muitos dons em prol do bem.
- E, sem dúvida, o Arquiteto de todo o plano ganha, pois Deus tem prazer em ver seus filhos cumprirem Seu grande propósito de consertar esse mundo destruído.” (Bill Hybels)

Finalizo o meu comentário transcrevendo duas verdades sagradas:

“Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurado é dar do que receber” (Discurso de Paulo - At. 20:35)

“E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos” (Gálatas 6:9,10)

Parabéns pela excelente postagem de “Trote cidadão”.

Soli Deo Gloria

Humberto Lucena disse...

Olá TIO, suas palavras serão sempre bem-vindas aqui. Quanto ao trabalho voluntário, tenho certeza que, juntamente com o cooperativismo, é uma grande chave para a transformação de realidades.

O voluntariado tem gerado grandes mudanças em periferias, hospitais e comunidades em geral. Eu mesmo presenciei o trabalho da sua igreja na reforma de uma praça quando estive aí na última vez.

Infelizmente estamos movidos a dinheiro, interesses e status. Libertar-se dessas influências é uma guerra diária. Ah, já ouvi falar muito da obra de Bill Hybels.

Volte sempre