quarta-feira, 1 de abril de 2009

Cura

Lamenta, ó alma, tuas angústias e remove as pedras que te pesam
Deixa soprar sobre ti o vento cicatrizante
Não te permitas ser corroída pelo veneno da culpa
Aprende as lições e sejas como ossos ressuretos

Voam os dias sem que tu pouses e repouses um segundo
"Qual o propósito?", perguntas.
Resigno-me ao desprazer de te deixar curiosa e sem respostas
Pára. Respira. Estanca tuas hemorragias.
Há vida lá fora mesmo diante de tantos jazigos espirituais
Os teus gritos ecoam nos templos edificados por ti mesmo
Aguenta, suporta sem pestanejar

Desconvida o medo e limpa as feridas
Retrocede e humilha-te.
O controle não anda sob teus punhos
Pois te crucifico hoje e morro contigo
Para que amanhã possa renascer.

Lucena Filho

6 comentários:

Ilma Cândido disse...

Belas palavras...

kssvv disse...

Puxa, muito profundo e tocante. Você está se revelando poeta...

Barbara Góes disse...

gostei muito do layout... ficou bem interessante..

e sobre o texto, gostei tbm.. Deve ter algo a ver com seu espirito introspectivo de atualmente. huahauah

bjo

Jéssica Ethne disse...

Hummm...Interesante!!! Hoje vim comentar como profissional... hehehe gostei dessa postagem... mas senti uma leve projeção (um simples desabafo, será?!)! Dentre alguns pontos os quais identifiquei, o titulo me chamou atenção. A palavra cura já existia em latim com o sentido primitivo de ‘cuidado’, ‘atenção’, ‘diligência’, ‘zelo’,ou seja, parece refletir alguns sinais que alertam a necessidades e isso implica em buscar uma qualidade de vida que contemple os aspectos físicos, mentais, espirituais e sociais, mesmo porque todos estão interligados e não podem ser dissociados, para que passe por essa fase com exito e seja algo benéfico para a construção do seu "Ser".
:D

Shalom disse...

Muito bom, meu caro... bom mesmo.
Tem muito significado e verdade da alma nessas palavras...
Tá de parabéns, meu caro primo.

Mônica disse...

Lindas palavras... me fizeram chorar pelo momento que estou vivendo...